sexta-feira, 30 de julho de 2010

GP's Inesquecíveis: GP da Alemanha de 2000

O GP da Alemanha de 2000 marcou a 1ª vitória de Rubens Barrichello, e esta prova, para muitos, foi a maior corrida de Barrichello na categoria. A vitória de Rubinho foi uma explosão de alegria no país, afinal de contas o Brasil não vencia na Fórmula 1 fazia 7 anos, a última vitória de um brasileiro tinha sido no GP da Austrália de 1993, quando o mito Ayrton Senna venceu pela última vez.
O fim de semana começou bastante difícil para a Ferrari. Michael Schumacher via sua liderança no campeonato ameaçada por Mika Häkkinen e por David Coulthard, pois o alemão havia abandonado as 2 últimas provas enquanto que a dupla da McLaren vinha de 2 dobradinhas. Para piorar a situação de Schumacher, ele acabou batendo nos treinos livres e teria de participar da classificação com o carro reserva. A Ferrari também teria problemas com Rubens Barrichello.
No início da classificação a Ferrari de Rubinho tem uma pane eletrônica. Como a Ferrari não tinha outro carro reserva, Rubinho teve de esperar que os mecânicos concertassem o carro batido por Michael Schumacher para que ele marcasse algum tempo. A 3 minutos para o fim da sessão, a pista estava molhada, e Rubinho conseguiu marcar o 18º tempo. Lá na frente Coulthard conquistou a pole, Schumacher foi o 2º e Häkkinen foi o 4º. Giancarlo Fisichella surpreendentemente foi o 3º com uma Benetton.
No dia da corrida algumas nuvens rodeavam o autódromo de Hockenheim e a maioria dos pilotos havia programado apenas uma parada nos boxes. Na largada Coulthard vai pra cima de Schumacher e o fecha, Mika Häkkinen larga bem, põe de lado de Schumacher e por fora toma a liderança na corrida. Schumacher tenta sair de trás de Coulthard e seguir a mesma linha de Häkkinen, só que Fisichella também já tentava passar por ali. Os dois acabaram se tocando e abandonando a prova.
Barrichello decidiu fazer duas paradas nos boxes, com isso teria o carro mais leve e mais rápido para recuperar as posições. Rubinho larga bem e termina a 1ª volta na 10ª posição. Na 2ª volta já era o 8º. Na 5ª volta Rubinho assume a 6ª posição e entra na zona de pontuação. A partir daí Rubinho começa a fazer volta mais rápida uma atrás da outra e na 15ª volta Rubinho toma a 3ª posição de Trulli.
Rubinho estava 13s atrás da dupla da McLaren quando foi para os boxes fazer sua 1ª parada. Rubinho volta na 6ª posição e já voltou andando forte. Depois da parada de Rubinho a sorte virava o jogo para o brasileiro. Na 26ª volta o safety car é acionado por que um espectador bêbado invadiu a pista. Todas as equipes as equipes decidem fazer seus pits stop, e a Ferrari chama Rubinho para fazer sua 2ª parada.
A McLaren se confunde na estratégia, ao invés de chamar os dois pilotos ao mesmo tempo, David Coulthard não entrou na 1ª oportunidade e quando parou voltou na 6ª posição. Com o pit stop dos pilotos que ainda não tinha parado a ordem da corrida era: Häkkinen, Trulli, Barrichello, de La Rosa e Frentzen. Na relargada as posições foram mantidas.
Na volta 31 mais uma vez o safety car foi acionado. Desta vez por acidente entre o brasileiro Pedro Paulo Diniz e Jean Alesi. Já relargada Rubinho teria mais uma chance para ultrapassar Trulli e Häkkinen que vinham a frente dele. Na volta seguinte a saída do safety car começa a chover no circuito. David Coulthard vai pra cima e consegue ultrapassar Heinz-Harald Frentzen.
Na 35ª volta Mika Häkkinen e Jarno Trulli vão para os boxes colocar os pneus de chuva, porém o italiano recebeu um stop/go por ter ultrapassado o limite de velocidade nos pits. Barrichello assume a liderança da prova seguido por Coulthard, Frentzen e Zonta, todos estes com pneu de pista seca.
Na volta 37 a chuva aperta, Coulthard erra numa curva e decide ir aos boxes. Já Ricardo Zonta não consegue se segurar na pista e acaba preso na caixa de areia. Mika, com pneus de chuva, virava 2 segundos mais rápido que Barrichello e conseguiu assumir a 2ª posição depois que a Jordan de Frentzen abandona com problemas do motor.
Restando 7 voltas para o final Barrichello começa a dar show. Rubinho começa a virar tempos semelhantes aos de Häkkinen e consegue manter sua vantagem superior aos 9 segundo. E assim foi, de forma heróica como bem definiu Galvão Bueno, Rubens Barrichello quebrava o tabu e vencia o GP da Alemanha do ano 2000:
Neste dia a sorte esteve do lado do brasileiro, mas também não podemos esquecer todo o trabalho e o talento que ele teve para ultrapassar seus adversários. Abaixo tempos um vídeo da câmera onboard com as ultrapassagens feitas por Rubinho durante a prova, e no final vemos toda a comemoração da Ferrari e do nosso brasileiro:
Confira como o resultado oficial do GP da Alemanha de 2000:
Rubens Barrichello
BRA
Ferrari
45 voltas em 1:25:34.418
Mika Häkkinen
FIN
McLaren
+7.452
David Coulthard
ING
McLaren
+21.168
Jenson Button
ING
Williams
+22.685
Mika Salo
FIN
Sauber
+27.112
Pedro de la Rosa
ESP
Arrows
+29.079
Ralf Schumacher
ALE
Williams
+30.898
Jacques Villeneuve
CAN
BAR
+47.537
Jarno Trulli
ITA
Jordan
+50.901
10º
Eddie Irvine
ING
Jaguar
+1:19.664
11º
Gastón Mazzacane
ARG
Minardi
+1:29.504
Nick Heidfeld
ALE
Prost
Abandonou (volta 40)
Heinz-Harald Frentzen
ALE
Jordan
Abandonou (volta 39)
Jos Verstappen
HOL
Arrows
Abandonou (volta 39)
Ricardo Zonta
BRA
BAR
Abandonou (volta 37)
Marc Gené
ESP
Minardi
Abandonou (volta 33)
Alexander Wurz
AUT
Benetton
Abandonou (volta 31)
Pedro Diniz
BRA
Sauber
Abandonou (volta 29)
Jean Alesi
FRA
Prost
Abandonou (volta 29)
Johnny Herbert
ING
Jaguar
Abandonou (volta 12)
Michael Schumacher
ALE
Ferrari
Abandonou (volta 1)
Giancarlo Fisichella
ITA
Benetton
Abandonou (volta 1)

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